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22.10.09

A REVOLUÇÃO RUSSA

A Rússia nas vésperas da Revolução

Governa o país uma monarquia absoluta e autocrática liderada pelo Czar;

A Igreja, a coroa e a aristocracia possuem a maioria da riqueza;

A Agricultura, a base da economia, apresenta-se muito atrasada e pouco produtiva, apesar de ocupar a maioria da população;

A industrialização é fraca e concentra-se nas cidades de Moscovo e S. Petersburgo;

Nota: Esta realidade faz da Rússia um país repressivo e onde operários e camponeses, a maioria da população levam uma vida de profunda miséria.

Acontecimentos revolucionários:

A Rússia viveu no início desse século três grandes movimentos revolucionários: A Revolução de 1905 e as duas revoluções de 1917. Em todas a organização dos Sovietes e a sua acção política foi fundamental.

1905 - Domingo Sangrento - Morte de milhares de pessoas que pretendiam entregar ao Czar uma petição para exigir a melhoria das condições de vida e um parlamento.

1914-1917 - A participação da Rússia na Iª Guerra Mundial agrava ainda mais as dificuldades e o descontentamento da população contra o Czar.

1917 - Revolução de Fevereiro

Em 23 de Fevereiro de 1917 iniciou-se uma grande insurreição em S. Petersburgo. O czar Nicolau II foi forçado a abdicar, tendo-se formado um governo provisório, apoiado por liberais e socialistas moderados. Deste modo, a Rússia passou a ter um regime liberal parlamentar. Foi a revolução burguesa. Entretanto, a guerra continuava, fazendo crescer o descontentamento popular.

1917 - Revolução de Outubro

O governo Provisório, saído da revolução de Fevereiro, liderado por Kerensky, um socialista moderado, mostrava-se impotente para controlar os acontecimentos (revoltas e manifestações frequentes organizadas pelos Bolcheviques e lideradas por Lenine. Em 25 de Outubro de 1917, os bolcheviques desencadearam uma insurreição armada e tomaram o poder. Foi a Revolução de Outubro, a primeira revolução socialista triunfante.

O FIM DA Iª GUERRA MUNDIAL


Em 1917 a entrada dos americanos na guer­ra e a saída da Rússia através do tratado de Brest-Litovski decidiu a sorte do conflito.
Uma paz precária:

Terminada a Guerra os países aliados reuniram-se em Paris na conferência da Paz (1919). Onde uma das tarefas era o reordenamento do espaço europeu, do médio oriente e das possessões coloniais dos países vencidos.
Nesta conferência foram aprovados vários tratados, um dos quais o de Versalhes com a Alemanha. Estes tratados impuseram aos países vencidos condições humilhantes e definiram um novo mapa político mundial que impunha à Alemanha as seguintes condições:
- restituir a Alsácia e a Lorena à França;
- ceder as minas de carvão do Sarre à França por um prazo de 15 anos;
- ceder as suas colónias, submarinos e navios mercantes à Inglaterra, França e Bélgica;
- pagar aos vencedores, a título de indemnização, elevadas quantias;
- reduzir seu poderio bélico, ficando proíbida de possuir força aérea e de fabricar armas;
- reduzir o exército a menos de 100 mil homens

Declínio da Europa e Ascensão dos Estados Unidos

O Fim da supremacia Europeia

Devido À 1ª Guerra Mundial, a Europa tivera necessidade de adquirir matérias-primas, alimentos e armas, sobretudo aos EUA. Para pagamento das dívidas contraídas, parte do ouro europeu foi progressivamente transferido para os EUA e a Europa passou de credora a devedora aos EUA.
Com isto tudo os EUA beneficiaram de um excepcional crescimento económico.
A 1ª Grande Guerra causou grande número de mortos e feridos, destruiu terras e fábricas e alterou o mapa político da Europa. Para evitar futuros conflitos, criou-se a Sociedade das Nações.Mas a guerra marcou, também, o fim da supremacia europeia no mundo: os Estados Unidos tornaram-se na 1ª potência mundial

14.10.09

Trabalho de Grupo Iª Guerra Mundial [correcção]


Verifiquem a proposta de correcção que vos apresento e comparem com os resultados a que cada um dos grupos de trabalho chegou.
Atenção que apesar de não haver uma coincidências nas palavras, o que conta são as ideias e as conclusões a que chegaram.

1.10.09

O Mapa Cor-de-rosa


Nas últimas décadas do século XIX assistiu-se a um aumento do interesse da Europa pelos outros continentes. À necessidade de matérias-primas para abastecer as indústrias europeias, havia a acrescentar a urgência de encontrar novos mercados para escoar a produção dessas mesmas indústrias. Também na opinião pública havia a crença na superioridade e missão civilizadora dos europeus, e a revolução dos transportes marítimos tornara mais próximos destinos outrora distantes.
África apresentava-se como o objectivo óbvio dessa nova vaga de imperialismo europeu.
Até meados do século XIX, os territórios africanos ocupados pela Europa limitavam-se a pequenas faixas ao longo do litoral mediterrâneo, atlântico e índico. As atenções da Europa vão portanto voltar-se para o interior do continente, onde as grandes potências tinham interesses contraditórios e irreconciliáveis. Para evitar possíveis conflitos, as principais potências europeias decidiram, na Conferência de Berlim, em 1885, repartir África entre si segundo o «princípio da ocupação efectiva», isto é, os territórios africanos deveriam pertencer a quem tivesse os meios para os ocupar de facto.
Portugal, apesar do seu pouco peso político internacional, possuía vastos territórios ultramarinos, fruto do seu dinamismo expansionista dos séculos XV e XVI. De entre estes, os mais ricos e extensos eram Angola e Moçambique, dos quais, a semelhança do resto do continente, apenas o litoral era conhecido e efectivamente ocupado.A nova conjuntura internacional esteve assim na origem de inúmeras viagens de exploração, destacando-se entre elas a de Serpa Pinto e a de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. O primeiro fez, entre 1877 e 1879, a ligação entre Benguela, em Angola, e Durban, na costa Leste da África do Sul. Os segundos, partiram de Moçâmedes, em Angola, em 1884, e atingiram Quelimane, em Moçambique, cerca de um ano depois.Reconhecido o território, foram então enviadas algumas expedições militares, entre 1885 e 1890, para a vasta região compreendida entre Angola e Moçambique, a fim de reclamar esses territórios à luz do que ficara definido na Conferência de Berlim (princípio da ocupação efectiva).Em 1886 era apresentado o célebre “mapa cor-de-rosa”, com o qual Portugal pretendia que lhe fossem reconhecidos os direitos às regiões entre Angola e Moçambique.
Sabia-se que esta pretensão portuguesa colidia com um velho projecto inglês de ligar o Cairo (Egipto) ao Cabo (África do Sul).A reacção do governo inglês chegou no dia 11 de Janeiro de 1890, sob a forma de um ultimato formal apresentado ao governo português pelo representante britânico em Lisboa e no qual se exige que todas e quaisquer forças militares portuguesas que se encontram nas regiões entre Angola e Moçambique se retirem sob a pena de corte de relações entre os dois países. Na prática significava que ou governo obedecia ou a Inglaterra declararia guerra a Portugal. O rei D. Carlos reuniu à pressa o Conselho de Estado e, salvo duas opiniões contrárias, todos concordam que era preciso ceder. A resposta para Inglaterra seguiu nesse mesmo dia: "Na presença de uma ruptura iminente de relações com a Grã-Bretanha e de todas as consequências que dela poderiam talvez derivar, o Governo de S.M. resolveu ceder às exigências formuladas (...) e vai expedir para o Governo Geral de Moçambique as ordens exigidas pela Grã-Bretanha".Foi também um período de grande fervor patriótico, com o qual se procurava reabilitar o duramente atingido orgulho nacional. Foi neste contexto que foram compostas a letra e a música d’A Portuguesa (letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil), uma marcha patriótica que, anos mais tarde, a República adoptaria como hino nacional (os canhões do hino são, pois, os canhões ingleses).



Com base no texto, tente agora responder a estas perguntas:
1 - Explique qual o objectivo da Conferência de Berlim.
2 - Defina o princípio da ocupação efectiva.
3 - Explique o que pretendia Portugal ao apresentar o projecto do mapa cor-de-rosa.
4 - Justifique o ultimato inglês a Portugal.

Fonte:http://www.percursos.net/rec_csfc_un8_rec_ultimato.htm