1. Explica, com base naquilo que aprendeste na aula passada, a evolução da dívida pública portuguesa expressa no gráfico apresentado.
O gráfico relativo à evolução da dívida pública
portuguesa entre 1851 e 1891, corresponde ao período da Regeneração durante o qual, devido à
estabilidade política que entretanto se criou, o governo Regenerador reuniu condições para lançar um ambicioso
programa de desenvolvimento e modernização do país, especialmente ao
nível das vias de comunicação e transportes.
Este plano foi concebido e orientado pelo
ministro Fontes Pereira de Melo e, para a sua concretização, houve a necessidade de recorrer a
elevados empréstimos no estrangeiro (Inglaterra e França) uma vez que
Portugal não possuía os recursos necessários para investir na sua
modernização.
Estes avultados investimentos, tal como o gráfico nos mostra claramente,
fizeram aumentar a dívida pública portuguesa obrigando a recorrer a mais empréstimos,
inclusivamente para pagar os juros de empréstimos anteriores. Para
conseguir as verbas necessárias os governos viram-se na necessidade de aumentar os impostos sobre a população.
2 – Em que zonas do país se concentraram as principais medidas de desenvolvimento adotadas.
As zonas onde se registou a maioria das ações
de desenvolvimento foi no litoral, perto dos grandes centros urbanos de Lisboa,
Porto e em alguns locais do interior, nomeadamente na Covilhã devido aos
lanifícios.
3 - Encontras alguma semelhança com a realidade atual do país? Justifica.
A situação descrita na resposta anterior pode ser comparada à realidade portuguesa atual pois o Estado para construir estradas, e outros grandes investimentos públicos recorreu a elevados empréstimos junto de bancos estrangeiros e junto dos privados. O nível elevado das dívidas contraídas faz com que Portugal tenha dificuldades no pagamento dos juros pois Portugal não produz riqueza suficiente para pagar as suas obrigações.
Pedir ajuda ao estrangeiro e aumentar os impostos aos portugueses tem sido a solução para cumprir com os nossos compromissos, embora à custa do bem-estar do povo português.
Parece que a história se repete e que os portugueses, sobretudo os nossos governantes, não aprenderam com os maus exemplos do passado